Uma esquina, um adeus.
A lua me extasia
Com a lembrança do brilho dos olhos teus
A saudade faz ranger meus ossos de tão fria

Viro-me, sigo o mesmo caminho
E sinto o último abraço
A me envolver como um laço
E então meu ser está sozinho.

Posso nunca mais ter teus braços
Posso nunca mais perder-me em teu afago.
Posso nunca mais ter tuas mãos a segurar as minhas.
Mas terei a fotografia que meus olhos captaram, e revelaram-se nesse intangível amor.

Teus traços estão marcados em minha alma
Sua nitidez nada se parece com esta captura
Em que, a lua embaçada, lembra-me de tuas passadas.
Que martelam a cada batida, a cada taça em homenagem tua.

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